Vida é uma constante fuga da angústia.
É a arte de evitar pensamentos, questões impróprias, esquecer, não pensar...
Se é tudo tão frágil, tão passageiro, tão rápido, porquê então esperamos? Porque seguimos? Porque eu sigo? Porque eu continuo? PORQUE EU ME PREOCUPO?
Tantas angústias exatamente para evitar a pior de todas, tantas responsabilidades, ocupações, NECESSIDADES para esquecer a maior de todas: entender.
Fazer o que não quero para poder fazer o que gosto, SACRIFÍCIO. Você vai me chamar de ingênua, idealista, boba. Porquê? No que você se baseia? Maduro é aceitar e seguir o fluxo? Qual é essa resposta a qual se chega e tanto conforma?
E aí eu não sei... Se vocês têm tanta certeza de que estão fazendo o correto ou se estão apenas conseguindo (aparentemente) ignorar o que, neste momento tão rápido, eu não consigo, logo penso que seria muita crueldade minha lhe cutucar, perguntar, obrigar a dividir comigo esse peso, aí desisto, durmo, e acordo preocupada com a prova para a qual devia estar estudando agora.
Acho que eu sou uma grande estúpida
Egoísta demais para perceber que minhas angústias são extremamente óbvias, comuns a todas as pessoas e meus pensamentos, extremamente desinteressantes. Onde está a novidade? Tudo Clichê... Tudo repetido... Tudo igual, ÓBVIO.
A angústia até já passou, e aí tudo parece ainda mais bobo, drama adolescente. Totalmente adaptada, perfeitamente envolvida com as questões supérfluas, o que aliás é uma redundância ante as palavras acima... Tudo que é palpável é supérfluo. A humanidade é fútil, eu me engano. E eu sou ainda mais estúpida porque penso que penso. Estou com vergonha. Agora eu vou dormir.